O caso de Beth Thomas não é um
caso de crime, homicídio ou psicopatia em si, mas serve como exemplo para mostrar
o enorme estrago e efeito que causam os crimes sexuais contra crianças e como
isso pode marcá-las para sempre.
Em Fevereiro de 1984, quando Beth tinha um
ano e sete meses e seu irmão Johnatan tinha sete meses, o casal Tim e Nancy
Thomas os adotou. Nancy não conseguia ter filhos, então as crianças foram muito
desejadas após uma longa espera por uma criança. Porém o casal não foi avisado
sobre os abusos aos quais as crianças sofreram e começaram a desconfiar de que
havia algo errado ao perceberem o comportamento estranho de Beth.
Beth costumava maltratar os
animais e tentava constantemente matar seu irmãozinho, sempre que podia o
molestava e/ou fazia algo que lhe causasse dor. Além disso, Beth tinha uma
sexualidade aflorada precoce, costumava se masturbar diariamente de tal forma
que fazia com que sangrasse, chegando a ter que ir ao hospital. Também tinha constantes pesadelos com “um homem que caia sobre ela e a machucava
com uma parte dele”.
Ela apresentava um desejo de
matar a família inteira. Em certa ocasião, pegou algumas facas da cozinha com a
intenção de esfaquear seus pais. Beth podia lidar com aquilo tudo de forma fria
e calma, onde era ausente qualquer sentimento de remorso ou culpa, embora ela
soubesse claramente em que resultariam suas ações e sobre o que elas causavam.
Em Abril de 1989, Beth foi
encaminhada para uma casa especializada em cuidar de crianças com desordem
emocional, sendo diagnosticada com Transtorno de Apego Reativo.
O Transtorno de Apego Reativo
é um grave distúrbio psicológico e afeta crianças e bebês. A característica
essencial do Transtorno de Apego Reativo é uma ligação social acentuadamente
perturbada e inadequada ao nível de desenvolvimento na maioria dos contextos,
com início antes dos cinco anos de idade e associada ao recebimento de cuidados
amplamente patológicos.
A condição de Beth envolve a
completa incapacidade de se relacionar com qualquer ser humano e/ou criar laços
de afeto, incapacidade de sentir ou receber amor, além de uma completa falta de
empatia, uma vez que ela era capaz de ferir ou matar outros seres vivos sem ressentimentos.
O documentário “Child of Rage”,
exibido pela HBO em 1992, é um compilado de fitas com gravações da terapia pela qual Beth
foi submetida, aos 6 anos de idade, com o Dr. Ken Magid e pode ser assistido
logo abaixo.
Elizabeth Thomas é uma
mulher mentalmente saudável atualmente.
Elizabeth Thomas atualmente
Se tornou enfermeira na Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal e trabalha cuidando de minúsculos bebês frágeis. Ela escreveu um livro, “More than a Thread of Hope” e, junto com sua mãe adotiva, Nancy
Thomas, criou uma clínica para crianças com distúrbios graves de comportamento.
Sua vida de sobrevivência e vitória traz esperança e compreensão para pais e
profissionais, trabalhando para curar a criança afetada e, acima de tudo,
capacitar os pais com uma visão positiva para o futuro do seu filho.
Elisabeth Thomas atualmente
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COMENTÁRIOS PESSOAIS SOBRE O CASO
Eu não costumo dar minha opinião
sobre os casos aos quais escrevo, mas nesse caso eu gostaria de expressar o meu
ponto de vista, levando em consideração a quantidade de “discussões” sobre
acreditar ou não no desfecho da história... Então vou me basear com as
informações que obtive até aqui.
Primeiro Ponto: Não
adianta se iludir, acreditar no elefante voador cor-de-rosa e achar que é tudo
um lindo conto de fadas cheio de purpurina e lantejoulas onde o bem sempre
vence o mal. PSICOPATIA NÃO TEM CURA.
Uma vez que não se sabe as causas, fica impossibilitada qualquer forma de
tratamento ou “reabilitação”. Ninguém deixa de ser psicopata, existe sim uma
solução, mas não uma cura! Assim como psicopata não é sinônimo de psicótico,
sádico, homicida e seus derivados. Já fiz um post falando sobre o tratamento para psicopatas
e a diferença entre psicopatia e psicose.
Segundo Ponto: Nunca,
JAMAIS, confunda ou compare a psicopatia com qualquer outro transtorno
comportamental. Identificando quais as causas e os eventos que desencadearam
certo tipo de comportamento, o tratamento é perfeitamente possível e cada
transtorno será tratado da maneira que melhor corresponder a sua melhora. Se
você não sabe o que exatamente tratar, não existe tratamento, SIMPLES ASSIM! Um
exemplo bem simples: Se você chega num consultório médico e diz que está com
dor, se você não souber ONDE EXATAMENTE você sente a dor, como tratá-la? Que
tipo de exame o médico deve te passar? Remédio pra que tipo de dor ele vai te
receitar? E como receitar um remédio sem saber as causas? – Sabe aquele anuncio
que vemos sempre na propaganda da TV “não
use esse medicamento em caso de suspeita de dengue”? Então, os sintomas da
dengue pode ser claramente confundido com os sintomas de uma gripe, mas os
medicamentos que aliviam os sintomas de uma gripe não são os mesmos que tratam
uma dengue, podendo, inclusive, ser prejudicial. Logo, se você tem febre é
preciso (embora não seja o de costume) saber o que a está causando para então
poder fazer uso do medicamento mais adequado, para combater a causa e não tão
somente o sintoma.
Terceiro Ponto: O
diagnóstico de Elizabeth Thomas foi de Transtorno
de Apego Reativo. Independentemente de na época ser proibido
diagnosticar uma criança como sendo psicopata, as causas para o comportamento
estranho de Beth estavam extremamente claras e os sintomas apresentados
corresponde perfeitamente com o diagnóstico dado. Mais uma vez: Sabendo a causa,
há tratamento, terapia e, possivelmente, cura. Embora o comportamento de Beth
demonstrasse sintomas de psicopatia, os sintomas eram facilmente justificáveis
em função do transtorno ao qual foi diagnosticada. MAIS UMA VEZ, dengue e gripe têm alguns sintomas semelhantes, mas
são doenças diferentes e requerem tratamentos diferentes... Só pra ser mais
clara: os primeiros sintomas da AIDS são febre alta, mal estar, dor de garganta
e tosse seca... E ELA NÃO TEM CURA! Embora seus sintomas sejam semelhantes aos
sintomas de outras doenças. Beth teve sorte por, na época, não ser permitido a
utilização do termo para diagnosticar crianças, porque com certeza seria
empregado erroneamente caso alguém a diagnosticasse assim. – Acho que nem
preciso pedir pra não confundir causas com sintomas!
Quarto Ponto: VAMOS SUPOR QUE Beth realmente seja psicopata.
Vale relembrar que nem todos os psicopatas iniciam uma carreia criminosa e que
isso vai depender muito do grau de psicopatia que cada um desenvolver. Algumas dessas
pessoas se tornam extremamente manipuladoras e passam a vida sem nunca cometer
um homicídio sequer. Dizer que todo psicopata é homicida é um erro gravíssimo.
Finalizando: Quero reforçar que PSICOPATIA NÃO TEM CURA e Elizabeth Thomas NÃO foi diagnosticada como psicopata, ela sofria de Transtorno de Apego Reativo.
Finalizando: Quero reforçar que PSICOPATIA NÃO TEM CURA e Elizabeth Thomas NÃO foi diagnosticada como psicopata, ela sofria de Transtorno de Apego Reativo.
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Child Of Rage - A
Ira de Um Anjo
Filme lançado em 1992, baseado na
história de Elizabeth Thomas
SINOPSE
Uma criança consumida por ódio.
Uma família desesperada para
saber o porquê.
Rod Tyler e sua esposa Jill
viviam uma vida perfeita com duas adoráveis crianças adotadas, Catherine de
sete anos e seu irmão mais novo, Eric. Quando parecia que a vida não poderia
ser melhor o casa começa a ficar preocupado com o comportamento sinistro de
Catherine.
Ela exerce uma influencia cruel e
opressiva sob Eric e aos adultos a sua volta ela manipula com esperteza demoníaca.
Mas quando sua violenta forma de convivência começa a se tornar psicopática,
seus pais saberão que a resposta estará em seu passado trágico.
Em depressão, eles começam uma
controversa convivência que revela um trauma tão horrível que a única forma de
resgatar Catherine seria por seu único laço familiar - ou sua morte.
se eu não me engano vi que ela continua fazendo tratamento.
ResponderExcluirOnde vc viu isso? Queria ler sobre o assunto...
ExcluirE se a Beth não tivesse recebido tratamento adequado como, possivelmente, ela poderia estar hoje?
ResponderExcluirse tornaria uma pessoa extremamente perigosa que seria capaz de abusar ou de matar outras crianças
Excluirsarrando no ar
ResponderExcluirqueria ter pegado ela namoral....
ResponderExcluirverdade e as crianças no interior pobres que ao abusadas e não tem acesso a esses tratamentos ....
ResponderExcluirDeus a abencoe em sua vida, pois o que esta criança passou (hoje adulta) foi para algum propósito muito maior. Eu sei que hoje beth é feliz. Deus é seu protetor.
ResponderExcluirDeus a abencoe em sua vida, pois o que esta criança passou (hoje adulta) foi para algum propósito muito maior. Eu sei que hoje beth é feliz. Deus é seu protetor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVerdade seja dita..
ResponderExcluirVejo cada dia mais crianças com distúrbios advindos tanto de maus tratos quanto de exageros e protecionismo na educação.
O equilíbrio cada vez mais escasso...
Tem que enfatizar os "minúsculos bebês frágeis" que ela cuida kkkkkkkkk. Sei não, não confiaria meu filho nas mãos de uma mulher desse tipo nem por 2 minutos.
ResponderExcluirEu também sofri abusos por parte meu pai, mas tive sorte de poder confiar em minha mãe e ter força e coragem para contar as atrocidades aterradoras. Hoje, adulta tenho problemas com relacionamento, com sexo e lembranças que não saem de minha cabeça. Não sofri tanto igual a ela, mas o abuso foi inevitável. Tento viver uma vida normal e tento seguir em frente. Hoje não tenho contato com meu pai. Ele desapareceu.
ResponderExcluirVocê devia realmente procurar um psicólogo , se ja não o fez, ajuda muito nesse trauma pos abuso.
ExcluirEspero que um dia você consiga superar tudo isso.
Abracld Marcus