They're looking for some
human sacrifice”
(Trecho da música
“Jonestown” - Concrete Blonde)
18 de Novembro
de 1978, quase mil membros (algumas fontes dizem que foram 909, outras dizem
que foram 918) do Tempo do Povo sucumbiram ao suicídio por envenenamento no
local onde eles acreditavam ser a “terra prometida”, Jonestown.
É considerado o
maior suicídio em massa da história, conduzido pelo líder religioso, e fundado
do Templo do Povo, Jim Jones.
Jim Jones
James Warren
"Jim" Jones nasceu no dia 13 de Maio de 1931 no interior do estado de
Indiana (EUA). As pessoas dessa cidade viviam graças a uma indústria próspera
de construção de caixões. Jones viveu na época da grande depressão causada pela
crise de 1929, o que obrigou sua família a viver perto de Lynn, em 1934.
Lynn High School - 1948. Jim Jones é o terceiro na fileira de trás.
Filho de um veterano da Primeira Guerra que voltou à cidade de Lynn para se tornar um alcoólatra desempregado, Jim Jones considerava o pai um velho inútil, um maldito racista. Quando seus pais se separaram, a mãe de Jim Jones se mudou, com os filhos, para Richmond, ainda em Indiana, onde ele concluiu os estudos. Após a morte de seu pai, Jim Jones descobriu que ele era um membro ativo do Ku Klux Klan.
Pai e Avô de Jim Jones
Quanto à mãe de
Jim Jones, Lynetta Jones, essa sustentava a família sozinha e escandalizava os
vizinhos ao usar calças cumpridas e fumar na rua. Ela dizia que em uma vida
passada havia viajado por todo o mundo, fez uma assinatura da revista National Geographic e contava a seu
filho suas aventuras com as Amazonas caçadoras de cabeça, histórias mágicas e
sobre transmutação da alma, inundando os sonhos da criança antes de dormir. Ela
acreditava que os sonhos eram um prenúncio da vida após a morte e dizia ao
filho que ele estava destinado a ajudar os pobres.
Jim Jones
Jim Jones, menino
religioso, interessado em livros políticos e sociais, era vistos pelas pessoas
como um menino sensível e que gostava bastante dos animais. Também demonstrou
simpatia pelo marxismo e pelas reivindicações dos afro-americanos contra a
segregação e a discriminação racial, sintetizadas então na militância do ator
Paul Robeson, e na candidatura progressista de Henry A. Wallace à presidência
dos Estados Unidos, em 1948.
Sua visão sempre
foi de um mundo onde os negros e brancos fossem tratados de maneira igual. Via
nos pastores uma figura paterna que tinha poder sobre a vida e, então, aos 12
anos ele começou a pregar. Suas pregações sempre mencionavam a maldição do inferno
e suas chamas devoradoras, era um tanto obcecado pela morte.
Num piscar de
olhos, Jim Jones ganhou sua reputação como um curador de animais e começou a
realizar funerais para gatos mortos. Em certa ocasião, viram Jim Jones matando
um gato com uma faca ao qual ele realizou o funeral. Os vizinhos de Jim Jones
começaram a perder os gatos e então começaram a especular que ele estava usando
os animais para fazer certos sacrifícios.
Em 1949, Jim Jones
se casou com Marceline Baldwin, uma enfermeira, e em 1951 finalmente mudou-se
para Indianápolis. Ele se matriculou na Universidade de Indianópolis em
Bloomington para estudar medicina, mas depois de um ano mudou de ideia e deixou
o curso para se tornar um pastor de almas. Jim Jones aprendeu a ser pastor e tentou
entrar para igreja. A congregação era principalmente de membros brancos que se
opunham ao grande número de negros que seguiam Jim Jones e que por ele eram tão
defendidos. Além disso, eles não gostavam da forma como Jim Jones pregava,
violento e selvagem e ele acabou sendo expulso... Decanos da congregação
fecharam a igreja e então ele resolveu criar a sua própria.
Esposa de Jim Jones
Jim Jones
aprovou a invasão do sul da península pelo líder comunista Kim Il-Sung e então,
em 1953, aos 22 anos, tornou-se membro do Partido Comunista, rompendo com eles
quando o partido fez críticas aos excessos de Stalin. Nesse mesmo ano, concebeu
a ideia de “morte revolucionária”, precisamente após a morte de dois supostos
espiões. Para Jim Jones, essas mortes significavam que os EUA já não eram mais
a “ultima esperança da humanidade”. Nessa mesma época, sem financiamento e sem
ter sido ordenado sacerdote, Jim Jones finalmente fundou a Igreja Comunidade
Nacional em um bairro do subúrbio de Indianópolis. Ele manteve a sua igreja com
a venda e importação de macacos, US$29 cada.
Jim Jones
considerava-se um socialista e também começou a buscar uma expressão desta dentro
da religião. Quanto mais pobres e negligenciados eram os seus seguidores, mais
ele se esforçava por eles. Um de seus primeiros paroquianos declarou que ele
tinha muitos seguidores desse tipo que as pessoas normalmente não queriam
saber, senhoras feias e sem família ou amigos, a quem ele sempre mimava e
beijava como se realmente as quisessem, “e
nos olhares de seus rostos você poderia ver o que ele realmente significava pra
eles”.
Dessa forma, Jim Jones conseguiu arrecadar 50 mil dólares que foram usados para reformar uma antiga sinagoga e fundar uma das primeiras congregações multirraciais dos EUA. Aquela seria a primeira Igreja Evangélica Integral do Tempo do Povo, que teve como denominação definitiva, somente em 1959, o nome de “Peoples Temple Christian Church” (Templo do Povo) e isso atraiu a atenção de grupos radicais.
Ele foi
apelidado de “O Amante Negro” e, diversas vezes, encontrava gatos mortos que as
pessoas que não gostavam dele jogavam em sua igreja, janelas eram apedrejadas e
bombas explodiam no pátio. Os integrantes do templo eram constantemente
ameaçados e acredita-se que o próprio Jim Jones tenha manipulado algumas dessas
reações em favor de sua pregação político-religiosa.
Quanto mais
dificuldades ele passava, mais ele se empenhava e mais tinha vontade de seguir
em frente com a sua missão. Ainda em 1954, Jim Jones e Marceline adotaram uma
nativa americana de 11 anos. Nos anos seguintes eles adotaram três órfãos da
guerra coreana, uma criança branca e um afro-americano, sendo o primeiro casal
branco a adotar uma criança negra no estado de Indiana. Jim Jones e Marceline tiveram
um único filho biológico, Stephen Gandhi Jones. A família de Jim Jones foi
então apelidada de “A família Arco-Íris”.
Com o sucesso de
seu Templo em Indianópolis, Jim Jones viajou para Cuba em 1959 em uma tentativa
fracassada de levar afro-cubanos para Indianópolis. Em 1960, Jim Jones acredita
ter tido a visão de uma explosão nuclear resultado da revolução fascista e
guerra contra os negros nos EUA, então se mudou com sua família para o Brasil,
Belo Horizonte, onde ficou durante um ano e fracassou na tentativa de
estabelecer um novo local para o Tempo do Povo.
A necessidade de
resolver conflitos internos na igreja em Indiana forçou Jim Jones a retornar
aos EUA. Sua postura antirracista proporcionou sua participação na Comissão
Municipal Contra Racismo, ganhando, inclusive, o prêmio “Martin Luther King”. Nessa mesma época, Jim Jones fez várias
peregrinações pela Missão de Paz, onde obteve muito sucesso com os pobres
urbanos em todo o país, e aprendeu truques fundamentais para sua carreira.
Jim Jones recebendo o Premio Martin Luther King
A chave para o
sucesso foi insistir incessantemente em sua própria divindade e fazer
demonstrações extravagantes do poder da fé, ele dizia: “Se me vir como teu amigo, serei teu amigo. Se me vir como teu salvador,
serei teu salvador. Se me vir como teu pai, serei teu pai e se me vir como teu
Deus, serei teu Deus.”.
Jim Jones organizava sessões de milagres que o
fazia vomitar fígado de galinha em seus seguidos, ao qual ele dizia que era um
câncer maligno, algumas vezes curava idosos paralíticos, mas eram na verdade
pessoas perfeitamente saudáveis e muitas vezes impressionava com seus
extraordinários poderes de ler a mente.
Nos EUA, a luta
pela igualdade entre negros e brancos não era uma questão de poucos e Jim Jones
decidiu que iria tirar as pessoas de Indianópolis, por ser um lugar
demasiadamente racista, onde ele era odiado por muitos por simplesmente querer
misturar as raças. Ele estava convencido de que deveria levar a sua comunidade
para a terra prometida.
Jim Jones havia
lido um artigo onde dizia que Ukiah estava entre os nove lugares que
sobreviveriam a um ataque nuclear, então, em 1965, decidiu transferir a
comunidade do Templo do Povo para Ukiah, no norte da Califórnia. Alguns não o
seguiram, mas o que o fizeram foram obrigados a vender e doar todos os bens
para o Templo. Na ocasião, uma seguidora foi alertada da loucura que seria
largar tudo e seguir Jim Jones para a Califórnia, então Jim Jones levou a
seguidora a uma consulta com o psiquiatra para provar que ela não era maluca.
Primeiro Templo do Povo na Califórnia
A sede do Templo
do Povo se enraizou em San Francisco, onde todas as reuniões eram sediadas. O
movimento se expandia no país através de caravanas, distribuição de folhetos
especialmente entre viciados em drogas e sem-teto, concentrações em grandes
cidades e reuniões de testemunho. Em seu auge, o Templo do Povo reuniu cerca de
3 mil membros, dos quais a maior parte era composta por afro-americanos pobres.
As finanças do movimento provinham de doações de seus membros ou de pessoas influentes. Objetos pessoais de Jones e amuletos eram também vendidos e o Templo chegou a ter uma estação de rádio e sua própria gravadora de discos. Jim Jones abriu refeitórios e creches e logo se apropriou de um poder que poderia ser usado para cunho político. Os milhares de membros da sua congregação eram um trunfo na eleição.
O Templo do Povo
As finanças do movimento provinham de doações de seus membros ou de pessoas influentes. Objetos pessoais de Jones e amuletos eram também vendidos e o Templo chegou a ter uma estação de rádio e sua própria gravadora de discos. Jim Jones abriu refeitórios e creches e logo se apropriou de um poder que poderia ser usado para cunho político. Os milhares de membros da sua congregação eram um trunfo na eleição.
Como recompensa,
Jim Jones foi nomeado Presidente da Agência de Construção Publica, por oferecer
seus poderes políticos a George Moscone, candidato liberal eleito em 1975 como
prefeito de San Francisco por forte influencia de Jim Jones e do Templo do Povo. Usando sua influência e as várias amizades
políticas que havia conquistado, Jim Jones obteve um tratamento preferencial
para a sua congregação nas agências da Previdência Social, em relação a
autorização nos tribunais, para planejamento urbano e construção de moradias.
Jim Jones, Dr. AE Ubalde, Jr. e o prefeito George Moscone
Jim Jones estava
ficando cada vez mais paranoico, acreditava que seu templo estava ameaçado, que
o governo não queria que ele fizesse o que fazia. Achava que o governo estava
se infiltrando, gravando conversas e tentando matar as pessoas. Tinha medo de
que alguém pudesse matá-lo a qualquer momento. A suspeita é de que seu
comportamento começou a mudar porque estava fazendo uso de drogas que o
deixavam cada vez mais paranoico.
Houve um
incêndio no Tempo de San Francisco que queimou todo o edifício fazendo com que
ele necessitasse ser reconstruído. O incêndio funcionou como a prova de todas
as paranoias de Jim Jones, como se alguém estivesse ali para apanhá-los (ele e seus
membros) e, então, queimaram o Templo, pois fariam qualquer coisa para acabar
com aquilo que eles vinham fazendo. Jim Jones dizia que eles deveriam
permanecer ainda mais fortes em seus propósitos e o incêndio funcionou como uma
forma de fortalecê-lo e fortalecer a seu templo. Jim Jones dizia: “É dever da igreja ter um local para a
proteção de seu povo!”.
Jim Jones
comprou 1500 hectares da floresta tropical de Guiana, com o propósito de manter
seus seguidores livres da perseguição, opressão e racismo dos EUA. Em Dezembro
de 1975, Jim Jones enviou, de avião, os 90 primeiros membros para verem onde
eles viveriam.
Há 480 km no interior da selva, uma cidade estava sendo construída, que seria batizada com seu próprio nome, Jonestown. Em pouco tempo já havia vídeos com gravações da comunidade e dessas primeiras pessoas que foram pra lá. Essas pessoas foram completamente isoladas e não era permitido a elas manter contato com os parentes que ficaram para trás.
As reuniões no Templo do Povo se tornavam cada vez mais opressoras e as pessoas eram espancadas como forma de penitência por algo de errado que tenham feito. Em algumas ocasiões Jim Jones era tão agressivo, que o membro chegava a desfalecer, sendo acordado para apanhar um pouco mais. Se alguém desejasse deixar o grupo, era denunciado por algum outro membro e castigado. Jim Jones dizia: “O que acham que devemos fazer com ele? Acham que podemos dar uma surra?” e os membros afirmavam calorosamente. As pessoas se sentiam envolvidas ao ponto de acreditarem que não havia mais saída.
Localização de Jonestown
Há 480 km no interior da selva, uma cidade estava sendo construída, que seria batizada com seu próprio nome, Jonestown. Em pouco tempo já havia vídeos com gravações da comunidade e dessas primeiras pessoas que foram pra lá. Essas pessoas foram completamente isoladas e não era permitido a elas manter contato com os parentes que ficaram para trás.
Jonestown
Jonestown: Vista aérea
Jonestown: Vista aérea
As reuniões no Templo do Povo se tornavam cada vez mais opressoras e as pessoas eram espancadas como forma de penitência por algo de errado que tenham feito. Em algumas ocasiões Jim Jones era tão agressivo, que o membro chegava a desfalecer, sendo acordado para apanhar um pouco mais. Se alguém desejasse deixar o grupo, era denunciado por algum outro membro e castigado. Jim Jones dizia: “O que acham que devemos fazer com ele? Acham que podemos dar uma surra?” e os membros afirmavam calorosamente. As pessoas se sentiam envolvidas ao ponto de acreditarem que não havia mais saída.
Jim Jones
Em certa ocasião, um membro escreveu uma carta de amor para Jim Jones, que ele tratou de compartilhar com os membros de seu templo. Houve-se uma especulação de que a mulher nada teria a oferecer para Jim Jones e foi ridicularizada quando ele ordenou que ela ficasse nua e que os membros fizessem comentários sobre todas as partes de seu corpo completamente exposto. Podia-se notar satisfação por parte de Jim Jones em humilhar a mulher.
Na Califórnia,
Jim Jones conheceu um jovem advogado ambicioso chamado Tim Stoen, que tinha
acabado de se casar e procurava um revolucionário para realizar o seu trabalho.
A congregação multirracial e a filosofia cristã-marxista de Jim Jones parecia
ser a tendência dominante do futuro e a influência dele poderia garantir a Tim
Stoen a posição de Assistente de Procuradoria Distrital de San Francisco, mas o
preço seria sua esposa.
Tim Stoen teve
um filho chamado John-John ao qual estava registrado em certidão de nascimento
como sendo seu filho, porém soube-se mais tarde que ele havia pedido a Jim
Jones que procriasse com sua esposa na esperança de que a criança se tornasse
seguidora devota dos ensinamento de Jesus Cristo acima de tudo, sendo o
instrumento principal para a criação do Reino de Deus na terra, como tem
buscado seu pai natural (Jim Jones) maravilhoso.
A partir daí,
Jim Jones usou o sexo como uma forma de exercer poder sobre e enfraquecer as
relações cônjuges, conseguindo amarrar mais firmemente as pessoas ao templo. As
meninas fiéis, com quem ele teve, pelo menos, três filhos, consideravam uma
grande honra atender as suas necessidades sexuais. As relações sexuais não eram
permitidas com estranhos e qualquer contato sexual entre os membros da
congregação deveriam ser previamente autorizados por Jim Jones.
Jim Jones
Em certa ocasião
um casal (os Mertle), membros de um grupo de confiança de Jim Jones, resolveu
deixar o Templo por estarem cada vez mais preocupados com o comportamento
estranho de seu lider. Jim Jones argumentou de várias formas para mudar a ideia
desses membros, porém não obteve sucesso e dessa forma ameaçou manchar a
reputação do homem acusando-o de assedio de menores. Eles disseram que falariam
com a imprensa e assim foram embora, mudando de nome para não serem mais
incomodados por Jim Jones.
Alguns amigos
influentes de Jim Jones garantiram que o casal não desfrutaria de créditos
suficientes caso decidissem falar com os jornalistas ou com a polícia, porém a
paranoia de Jim Jones era tamanha a ponto de fazê-lo acreditar piamente que
estava sendo perseguido por agentes do FBI disfarçados e que seus telefones
estavam todos grampeados.
Nessa época, Jim
Jones começou a implantar suas ideias suicidas e a realizar ensaios de um
suicídio coletivo. Na primeira ocasião, Jim Jones ofereceu vinho a todos os
membros de seu Templo. As pessoas não bebiam, mas beberam naquela ocasião e,
depois que todos haviam se servido, Jim Jones anunciou que eles foram
envenenados. As pessoas não podiam acreditar que aquilo realmente estava
acontecendo, elas ficaram confusas e não entendiam porque Jim Jones faria
aquilo. Alguns minutos depois ele desmentiu a história sobre o veneno e disse
que aquilo fazia parte de um teste, para provar a fé que seus fiéis tinham
nele.
Em outra
ocasião, Jim Jones, em uma tremenda pregação, convenceu as pessoas presentes na
congregação de que só havia uma forma de demonstrar a devoção que eles tinham a
ele e então os forçou a tomar um copo de um líquido que ele disse conter veneno.
As pessoas ficaram histéricas, muitas quiseram fugir, mas foram capturadas. Alguns
participantes beberam o líquido sem muita hesitação, e então todos os participantes
foram forçados a beber o suposto veneno. Minutos depois, Jim Jones esclareceu
que o líquido era inofensivo e todos agradeceram a prova pela qual haviam
sofrido.
E assim
começaram os treinos de suicídio em massa, noites que Jim Jones costumava
chamar de “Noite Branca”, onde todos acreditavam tomar suco de uva com veneno
real sem ter a certeza de que havia mesmo veneno. Com o passar do tempo eles
acabaram se acostumando com a ideia de homenagear ao “pai” oferecendo a própria
vida.
Em 1977 Jim
Jones foi convidado para palestrar sobre suicídio, quando teve a necessidade de
mudar de moradia para que os organizadores antissuicidas construíssem ao longo
da Golden Gate Bridge, um dos lugares
favoritos para os suicidas que frequentemente se atiravam para o vazio. Jim
Jones começou o discurso desaprovando a ideia de suicídio e terminou apoiando
abertamente algo que chamou de “suicídio revolucionário”. Seus seguidores
seriam os únicos com direito ao suicídio, mas ele ficaria vivo para explicar as
razões para o suicídio em massa.
Jim Jones
Os membros do
Templo do Povo não davam graças a Deus, mas sim a Jim Jones, que deixou de
acreditar no conceito do cristianismo com o passar do tempo e, durante um de
seus sermões, jogou pra longe a bíblia de maneira brusca. Houve um silêncio, o
barulho do livro estatelando no chão e Jim Jones ironizando o fato de não ter
caído nenhum raio na cabeça dele pelo que havia acabado de fazer.
"Eu creio em Jim Jones"
Um tempo depois,
a esposa de Tim Stoen fugiu do Templo do Povo, enquanto ele continuou
trabalhando para Jim Jones como seu assessor jurídico. Vários jornais começaram a publicar artigos
criticando o Templo do Povo, então nessa mesma época a Revista New West resolveu fazer um artigo sobre
Jim Stone e seu Templo. Ao tomar conhecimento desse artigo, os Mertles entraram
em contato com o jornalista e denunciaram todo o abuso físico e sexual que
tinham testemunhado. Além dos Mertles, alguns ex-membros também entraram em
contato com a redação da revista para contar o que testemunharam no Templo do
Povo.
Jim Jones tomou
conhecimento do artigo e convenceu o redator a ter acesso ao material antes que
fosse publicado. Tomando conhecimento de que o artigo o atacava fortemente e
trazia evidencia de extorsão e apropriação indébita, Jim Jones decidiu que
estava na hora de deixar aquele lugar e ir para Jonestown, já que não como
evitar que aquela publicação fosse feita e nem ignorar que seu efeito seria
devastador. Jim Jones foi para Guiana seis horas antes de o artigo ser
publicado.
Indo para Jonestown
Cerca de
quatrocentas pessoas deixaram suas casas e família às pressas, sem dar
explicações, para seguir Jim Jones e embarcar em um avião para Jonestown. Assim
como os primeiros habitantes de Jonestown, essas pessoas foram isoladas e não
podiam fazer nenhum tipo de contato com as pessoas deixadas para trás. Todo o
tipo de trabalho feito em Jonestown era feito pelos próprios membros e eles
inclusive plantavam aquilo que comiam.
Grace, ex-esposa
de Jim Stoen e mãe de John-John, havia entrado com um pedido judicial para
recuperar seu filho que estava em posse de Jim Jones, porém ele estava
determinado a manter a criança em Jonestown já que ele havia nascido parar
herdar a “Terra Prometida”. Grace venceu a causa e o juiz denominou que a criança
fosse devolvida a sua mãe, mas ninguém se atreveu a cumprir essa ordem. Algum
tempo depois Jim Stoen resolveu abandonar o Templo e se reconciliar com sua mulher
para juntos recuperarem o filho.
Não demorou
muito para que outras pessoas quisessem fazer parte de Jonestown. Muitos
membros haviam adotado crianças abandonadas nos EUA e foram todos juntos, cerca
de setecentos adultos e cento e cinquenta crianças, construir uma nova vida na
Terra Prometida, onde o preço da entrada era a doação de todos os seus
pertences e bens para o Templo.
Em Jonestown
havia somente um único sistema de som ao qual somente Jim Jones tinha acesso, onde
ele deixava uma gravação de si próprio rodando durante 24 horas inteiras, que
podia ser ouvida de qualquer lugar onde qualquer um estivesse naquela cidade.
Não havia estação de rádio, televisão, nem qualquer outro tipo de informação ou
comunicação além dessa.
Jim Jones
impunha regras e disciplinas severas, os relacionamentos amorosos foram
proibidos e decretou três meses do celibato estrito para cada casal que tivesse
intenções de formar um lar estável onde o único isento era ele próprio, que
vivia em uma cabana com duas de suas amantes, próximo ao barraco onde ficava
sua esposa. Jim Jones ficou furioso
quando soube que uma adolescente teve um caso amoroso com um marinheiro a
caminho de Jonestown e, como forma de punição, despiu os dois na quadra de
basquete de Jonestown e ordenou que um negro enorme estuprasse e sodomizasse os
dois na frente de todos os fiéis.
Cabana de Jim Jones
Em outra situação,
uma jovem que resistiu aos avanços de Jim Jones foi levada ao hospital de
Jonestown, drogada e transportada noite após noite aos aposentos dele. Aqueles
que faziam favores a Jim Jones tinham certos privilégios, como por exemplo, o
médico que apoiou a teoria de Jim Jones sobre sexo não revolucionário causar
câncer, foi agraciado das atenções amorosas de uma série de garotas.
Os espancamentos
eram a forma de punir as infrações menores e a punição era redobrada caso
alguém resolvesse dar algum indício de que alguma mulher gostava do reverendo
Jim Jones. As crianças eram punidas por ninharias, que levavam surras no local
onde ficava o sistema de alto-falantes, para que seus gritos pudessem ser
ouvidos por todos da cidade.
Em meados de
1978, a paranoia de Jim Jones começou a ficar assustadoramente profunda devido
a uma droga farmacêutica da qual ele estava fazendo uso. Seus três ídolos
(Martin Luther King, John F. Kennedy e Malcolm X) haviam sido mortos e ele
acreditava que havia sito por agentes do governo.
Jim Jones acreditava
fielmente na própria paranoia, acreditava em uma conspiração dos EUA contra Jonestown
e dizia que havia uma força viajando para Guiana, com a missão de destruí-los.
Chegou a encenas falsos ataques à Jonestown, afim de reafirmar toda aquela
ameaça a qual alertava seus seguidores, fazendo com que não restassem dúvidas
de que realmente estava certo sobre suas suspeitas.
Jim Jones
começou a adoecer e todos notaram isso devido a sua voz que estava se tornando
cada vez mais irreconhecível e pelas frequentes pausas, que pioravam a cada
dia, quando falava ao microfone. Jim Jones justificou isso como sendo erro nos
medicamentos aos quais fazia uso, dizendo que havia tomado, por engano, remédios
errados que estavam afetando a sua voz.
Escola de Jonestown
Sentinela de Jonestown
Jim Jones
parecia estar enlouquecendo. Para ele era proibido expressar qualquer desejo de
ir embora e se irritava com a separação, considerava aquilo como uma blasfêmia
e uma traição contra ele mesmo e contra a sua causa. Sempre que alguém
expressava o desejo de ir embora, era denunciado, geralmente por alguém da
própria família, e assim começaram a maridos ficarem contra as esposas, pais
ficarem contra os filhos e vice-versa. Todos se denunciavam e Jim Jones era
rigorosamente respeitado por medo de represálias.
Alguns dos
seguidores de Jim Jones conseguiram fugir e conquista a liberdade tão sonhada,
vários deles decidiram contar a imprensa sobre os estranhos costumes na suposta
utopia de Jonestown. Eles falaram sobre a forma como eram forçados a realizar
trabalhos físicos em condições desumanas, que foram praticamente mantidos como
escravos nos campos de plantações, que os infratores eram humilhados
publicamente, que Jim Jones não aceitava abandonos e confiscou passaporte e
documentos de seus membros, assim era quase impossível que alguém fugisse da
comunidade.
Preocupados com
o que estava acontecendo em Jonestown e com o motivo pelo qual não recebiam
nenhum tipo de informação de seus familiares, as pessoas que foram deixadas
para trás por aquelas que optaram por seguir Jim Jones começaram a manifestar
uma investigação contra o Templo, a fim de saber os motivos por trás do
isolamento. E assim foi criado um grupo de apoio para as famílias afetadas, com
a intenção de desvendar as verdades sobre o Templo do Povo.
Descobriu-se que
Jim Jones tinha uma fortuna avaliada em 10 milhões de dólares, que era dono de
muitas armas ilegais, fruto de importações ilegais e que havia vigia armada em
Jonestown. Preocupado por não saber se as pessoas realmente permaneceram lá por
vontade própria e sobre preocupação dos familiares que não recebiam notícias
das pessoas que foram viver lá, o congressista Leo Ryan organizou uma comitiva para
ir à Jonestown saber o que estava acontecendo.
A ida de Leo Ryan à Jonestown
“Homage of unknown, origin
of Mr. Jones
Of the final praise to the
populated grave”
(Trecho da Música
“Carnage In The Temple Of Damned” – Deicide)
A ida de Ryan
para Jonestown era a concretização de toda a paranoia de Jim Jones, como se
realmente estivessem em perigo e aquele significaria o ponto inicial para a
destruição de sua utopia. Porém, Jim Jones não outra escolha a não ser permitir
a visita de Ryan à Jonestown. Impôs que a visita só seria permitida se a
imprensa ficasse fora disso, porém Ryan ignorou a condição.
Ryan organizando
uma comitiva com quatro membros do Comitê das Famílias Afetadas, jornalistas,
fotógrafos de jornais de San Francisco e a equipe de televisão NBC. Se Jim
Jones impedisse a comitiva de entrar, Ryan ameaçaria filmar o local e
apresentar na NBC, toda a América veria pela televisão e o congresso iniciaria
uma investigação completa. Antes de embarcar, Ryan revisou seu testamento, não
que ele acreditasse que algo de ruim iria acontecer, mas achou melhor fazê-lo
só por precaução.
No dia 17 de
Setembro de 1978, Ryan foi recepcionado pelos membros do Templo do Povo,
moradores de Jonestown, com uma maravilhosa festa preenchida por música, flores
e pessoas sorridentes e todos estavam animados e vibrantes. As ordens expressas
de Jim Jones para seus membros era a de que eles fossem sorridentes e
amigáveis. O jantar foi servido às 8hrs e logo após a banda de Jonestown
começou a tocar.
Congressista Leo Ryan
A impressão que
Ryan teve é a de que as pessoas realmente estavam felizes por estarem ali, que
aquela era uma comunidade acolhedora e era um bom lugar para se viver. Ele
acreditou que as pessoas não tinham vontade alguma de abandonar o local, “Pelo que tenho visto, há muitas pessoas que
pensam que é a melhor coisa que aconteceu na vida deles.”, disse Ryan em
seu discurso que foi fervorosamente aplaudido.
Jim Jones havia
ameaçado drogar seus seguidores caso alguém se atrevesse a falar com a comitiva
de Ryan, ninguém queria que isso lhe acontecesse, principalmente aqueles que já
viram acontecer. Ainda assim, duas pessoas conseguiram entregar uma nota a Don
Harris (repórter do NBC que acompanhou a comitiva), que as entregou para Ryan.
Nas notas as pessoas falavam sobre o desejo de ir embora e a impossibilidade de
fazê-lo.
Quando
questionado sobre o conteúdo do bilhete, Jim Jones disse que as pessoas eram
livres para abandonarem Jonestown no momento em que bem entendesse, mas que não
o faziam porque queriam ficar. Disse que a pessoa que entregou o bilhete
desejava ir embora e abandonar o filho em Jonestown, que só estava buscando
publicidade e que ele não gostava de pessoas daquele jeito, ironizando sobre o
que a comitiva publicaria sobre sua comunidade.
Na manhã do dia
seguinte, nove membros decidiram tentar fugir de Jonestown pela floresta. Os
guardas do templo foram orientados a sair em busca dos fugitivos e, aproveitando
a ausência de fiscalização, alguns jornalistas começaram a explorar a colônia e
encontraram um galpão cheio de pessoas famintas e amontoadas em camas de
madeira.
Paralelo a isso,
Don Harris fazia uma entrevista com Jim Jones diante das câmeras. Jim Jones
negou haver qualquer proibição sexual Jonestown e que aquilo tudo era uma
grande besteira. “Já nasceram mais de
trinta criaturas desde o verão de 1977.”. Jim Jones se surpreendeu quando o
jornalista perguntou sobre o filho que ele teve com uma das seguidoras ao qual
não impediu a mãe de levá-lo, sobre o motivo pelo qual os seguranças estavam
armados e porque quem desejava deixar a comunidade era ameaçado.
Quando a
comitiva preparava-se para ir embora, um membro do Templo do Povo havia dito que estava sendo
feita de prisioneira lá e pediu para que a levassem pra casa. Quando tomaram
conhecimento de que a mulher iria embora com a comitiva, vinte outros membros aproveitaram
a oportunidade para manifestas o desejo que tinham de ir embora e partir com o
grupo.
Jim Jones entrou
em desespero e ficou histérico. Ele dizia que as pessoas não poderiam ir
embora, “Vocês são o meu povo. Por que
querem ir embora? Eu sacrifiquei a minha vida para meu povo!”. Um membro do
templo atacou Ryan com uma faca, ferindo-o no braço e esbravejando “Seu filho da puta, você irá morrer.”.
Vários dos
membros se organizaram para deixar Jonestown e embarcar em um avião com a
comitiva. Ryan garantiu a Jim Jones que estava tudo bem e que nenhuma ação
seria tomada contra ele. No aeroporto, dois aviões esperavam por eles. Alguns
desertores foram no primeiro avião enquanto a comitiva preferiu esperar pelo segundo
e, então, o primeiro avião decolou.
Jim Jones não
pretendia deixar que o grupo partisse. O plano era que o “Esquadrão da Morte”,
como era chamado o esquema de segurança de Jonestown comandado por seus filhos
(Jim Jones Jr e John Jones), mataria o piloto do avião durante o voo e cairia
com o avião na selva matando os componentes da comitiva e todos os passageiros
traidores do movimento de Jim Stone.
Porém algo deu
errado e o Esquadrão da Morte chegou numa caminhonete, bloqueando a passagem do
outro avião, com cerca de vinte homens armados que atacaram as pessoas que ali
estavam. Ryan e mais cinco pessoas morreram nesse ataque onde os homens armados
atiraram contra suas vítimas a queima roupa. Apenas três pessoas sobreviveram a
esse ataque.
Corpos das vítimas do ataque no aeroporto
Os moradores de
Jonestown, membros do Templo do Povo, foram convocados pelo reverendo Jim Jones
reunião emergencial no pavilhão, ele tinha que lhes dar uma má notícia. Disse que
a Guarda Nacional de Guiana estava atacando Jonestown, que o congressista havia
morrido e que todos eles seriam torturados, castrados e assassinados pelos
homens da guarda.
Um dos membros
havia perguntado se era tarde demais para eles fugirem para a União Soviética,
tendo como resposta de Jim Jones que os russos não os receberiam naquele
momento, embora tenha enviado dois ajudantes para a Embaixada Soviética com uma
maleta contendo meio milhão de dólares, na tentativa, sem sucesso, de comprar a
sua fuga. Assim, a equipe médica foi orientada a preparar dois tambores de 150
litros com uma mistura de Kool Aid (suco) sabor uva, cianureto e valium.
Jim Jones havia encontrado uma solução para todos os seus seguidores juntos, o envenenamento. Dizia que seria uma morte rápida e tranquila, para que morressem com dignidade e não sofressem nas mãos da Guarda de Guiana: “Temos de sair daqui, temos de dormir. Se não conseguirmos viver em paz, morreremos em paz! Não é um suicídio coletivo, mas sim um suicídio revolucionário!”. A princípio as pessoas estavam indo por vontade própria, sem hesitações, elas estavam dispostas a se sacrificarem.
Jim Jones havia encontrado uma solução para todos os seus seguidores juntos, o envenenamento. Dizia que seria uma morte rápida e tranquila, para que morressem com dignidade e não sofressem nas mãos da Guarda de Guiana: “Temos de sair daqui, temos de dormir. Se não conseguirmos viver em paz, morreremos em paz! Não é um suicídio coletivo, mas sim um suicídio revolucionário!”. A princípio as pessoas estavam indo por vontade própria, sem hesitações, elas estavam dispostas a se sacrificarem.
Resto dos materiais usados no envenenamento
A mistura foi administrada primeira às crianças, pelas mãos de suas mães. A congregação estava convencida de que o veneno iria conduzir uma morte rápida e sem sofrimento, mas algumas pessoas começaram a ter convulsões e o pânico tomou conta dos fieis. Jim Jones tentava assegurar a seus seguidores de que não havia dor, somente um sabor amargo.
Tambor com a bebida letal próximo ao corpo das vítimas
Havia seguranças
armados cercando todo o pavilhão e algumas pessoas começaram a lutar pela
sobrevivência, essas foram capturadas, derrubadas e envenenadas a força, àquelas
que se recusavam a beber a combinação fatal, eram envenenadas através de
injeções. Jim Jones dizia: “Morram com
alguma dignidade, não morram em lágrimas e agonia. A morte é só mais uma
passagem para outro plano... Não fiquem assim!”.
Vítimas de Jim Jones - Jonestown
Após as pessoas,
os guardas se comprometeram a matar todos os animais e um verdadeiro massacre
de animais foi realizado, sobrevivendo apenas um cão que se escondeu em uma
casa. Eles também mataram o mascote gorila que foi de Jim Jones e em seguida
ingeriram o veneno, cumprindo seus deveres. Quando todos já estavam mortos, Jim
Jones cometeu suicídio com um tiro na cabeça.
Cadáver de Jim Jones
Após os suicídios,
os militares da Guiana recolheram os corpos, colocaram em sacos de polietileno
preto e, em seguida, em caixas de metal. O corpo de Jim Jones também foi
colocado em uma caixa.
Caixa metálica transportando os corpos
Os corpos de Ryan e seus companheiros voltaram para os
EUA em caixões envolto com a bandeira americana.
Muitas vítimas foram enterradas
no cemitério de Jonestown e nos EUA foi feito um memorial em homenagem às
vítimas do massacre.
Cemitério de Jonestown
Memorial em homenagens às vítimas de Jonestown
Cinco sobreviventes escaparam pela selva. Oitenta pessoas, incluindo filhos de Jim Jones, não estavam em Jonestown no dia do massacre. Alguns sobreviventes desejaram ter morrido com Jim Jones, outros voltaram pra suas casas e continuavam a afirmar que o reverendo era um deus e muitos outros continuaram a relatar os abusos que aconteciam no Templo do Povo, relatando o medo de serem eliminados por agentes de Jones que sobreviveram.
Houve algumas teorias em torno do que aconteceu em Jim Jones, especularam que um dos filhos de Jim Jones iniciou os conflitos porque queria dar um fim à família e herdar sozinho toda a herança da família. Algumas pessoas acreditam que um Jim Jones continua vivo e que um sósia morreu em seu lugar, mas nenhuma dessas especulações foi comprovada.
"Eu creio em Jim Jones"
Houve algumas teorias em torno do que aconteceu em Jim Jones, especularam que um dos filhos de Jim Jones iniciou os conflitos porque queria dar um fim à família e herdar sozinho toda a herança da família. Algumas pessoas acreditam que um Jim Jones continua vivo e que um sósia morreu em seu lugar, mas nenhuma dessas especulações foi comprovada.
O filho de Jim
Jones, Stephan, disse em uma conferência de imprensa que o pai estava louco,
mas assumiria o controle da seita e continuaria com os preceitos da mesma. Nos EUA,
o restante da seita se dispersou, o Templo em Los Angeles foi fechado por falta
de verbas e os demais locais da seita passaram a ter outras utilidades. No
início da década de 80, o local onde existia Jonestown foi reocupado por
refugiados laocianos.
“Quel est ton dieu, quel est
ton but? Cotise, cotise pour la terre
promise.
Jim Jones vous a fait crever.”
(Trecho da música “Les Sectes” – Trust)
No dia
28/11/1978, o Fantástico apresentou uma reportagem sobre Jonestown:
O Índice de Maldade
Jim Jones foi
classificado no grau 22 do “Índice de Maldade”, programa sobre investigação
forense da Discovery Channel, realizado pelo psiquiatra forense Michael Stone,
pelo planejamento e execução de quase mil pessoas. Para contar a história de
Jim Jones e Jonestown, Michael Stone entrevista um sobrevivente do suicídio
coletivo, Tim Carter.
Parte 01 – Seitas Religiosas – Jonestown
Parte 02 – Seitas Religiosas – Jonestown
Parte 03 – Seitas Religiosas – Jonestown
Doentio.
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