Mortis Operandi: Nikolai Dzhumagaliev

Metal Fang (Presas de Metal)

Durante a Guerra Fria em 1980, o Cazaquistão experimentou uma onda de assassinatos que aterrorizaram seus habitantes.

Ao final do post, imagens fortes de algumas vítimas de Nikolai.

Só vá até o final da página se tiver certeza que deseja ver as fotos. [+18]

Nikolai Dzhumagaliev nasceu em 1952, na cidade Uzun Agach, URSS, atual território Cazaquistão.

Filho de um pai cazaque e de uma mãe russa, Nikolai seguia a ética e os padrões da conduta Muçulmana e honrava o alcorão. Para ele as mulheres deviam ser tratadas como seres de segunda classe. Apesar da influência que sua mãe tinha em sua vida, desde a infância ele acreditou que a mulher era causa das doenças e da desgraça.

Durante campanhas militares, Nikolai visitou toda a Europa onde viu mulheres com roupas mais leves do que as usadas no regime muçulmano. Depois de regressar à sua aldeia natal, reparou que algumas mulheres começaram a não se cobrir mais completamente, como alguns fundamentalistas islâmicos achavam que deveria ser.

Nikolai começou então a travar uma batalha pessoal. Em seus sonhos ele via mulheres nuas ensanguentadas e com os corpos mutilados e logo seus sonhos começariam a se tornar realidade. Ele criou sua missão de livrar o mundo das prostitutas.

Nikolai, que já havia passado quatro anos e meio na prisão pelo assassinato acidental de um colega no final dos anos 1970, começou a trabalhar como operário da construção civil na cidade de Uzun Agach, próxima a Alma-Ata.

As pessoas o consideravam como um jovem rapaz de um charme eletrizante, bonito, cavalheiro, bom rapaz, educado, falante e tendo grande influência sobre as mulheres, nunca lhe faltando companhia feminina, embora sempre preferisse passar o tempo com as prostitutas.

Apesar da aparência asiática, ele não tinha sotaque. Tinha o hábito de se vangloriar de sua superioridade sobre o povo, chamando a si próprio de um descendente de Genghis Khan.

Nikolai estava sempre bem vestido e limpo, mas ele tinha um defeito físico que todos que o conheciam jamais esqueciam: ele tinha próteses de metal branco que substituíam os próprios dentes. Devido a isso ele ficou sendo conhecido como “Metal Fang”.

Nikolai tinha 28 anos de idade quando seu frenesi de assassinatos começou, em 1980. Muitas vezes ele andava pela cidade tentando encontrar mulheres diferentes por onde passava. Seu lugar preferido na cidade era perto de um rio, onde ele atraia as mulheres para o lado escuro de um parque local.

Essas mulheres acabavam indo para casa com ele e lá ele as estuprava, matava, esquartejava e separava algumas porções de carne. Seus assassinatos demonstravam muita insensibilidade e frieza. Nikolai chegou a beber sangue direto da jugular de algumas vítimas.

Ele também cozinhava algumas partes do músculo do corpo de suas vítimas e comia e até mesmo a servir carne humana assada para alguns amigos e parentes durante encontros e festas (churrascos) realizadas após cada assassinato, que comiam sem saber se tratar de carne humana.

Nos países da antiga URSS é muito comum as pessoas convidarem amigos para refeições, quando a pessoa vem de um lugar diferente, costuma-se fazer comidas étnicas para seus novos amigos.

Este costume deu fim à carreira criminosa de Nikolai, que já durava um ano. Os crimes foram descobertos quando dois bêbados, que ele convidou para irem a sua casa após seu último assassinato, encontraram as tripas e a cabeça decepada de uma mulher na cozinha e decidiram ir até a delegacia denunciar o fato.

Nikolai foi considerado insano e não responsável por seus crimes. Em entrevista Nikolai afirmou ter matado em torno de 50 a 100 mulheres, dado considerado exagerado considerando que apenas 7 mortes foram confirmadas.

Ele foi enviado então para a Tashkent, no Quisquistão, a uma instituição mental onde tentou, sem sucesso, cometer suicídio algumas vezes. Onde também foi diagnosticado que ele sofria de esquizofrenia.

Em 1989, 8 anos após ser enviado para Tashkent, um exame médico diagnosticou que o estado mental de Nikolai havia tido melhorado e ele não representava mais perigo para a sociedade, sendo assim seria transferido para um hospital psiquiátrico comum no local de residência permanente. Acompanhado apenas por um paramédico e uma enfermeira, Nikolai escapou.

O coronel Yuri Dubyagin, chefe da Polícia Criminal Moscou e ministro do Interior com as fotografias e retrato falado de Nikolai, que escapou de um hospital psiquiátrico em 1989.

Apesar do enorme esforço da polícia do Quirguistão, as buscas para pegá-lo fracassaram e ele vagou pelas montanhas durante um ano e meio, sendo recapturado em 1991 na Fergana, onde ele se fingia ser um imigrante chinês.

CAPTURA. Coronel Yuri Dubyagin algemado a Nikolai.

Nikolai foi novamente enviado para Tashkent onde ele ficou até 1994, até ser considerado finalmente curado e mandado para casa, aos 42 anos. Em seu vilarejo ele sofria repulsa de todos, principalmente das mulheres, todos exigiam que a polícia ficasse sempre o vigiando.

Nikolai Dzhumagaliev - 21 de Janeiro de 1992

Durante algum tempo ele viveu assim, mas após muito tempo da pressão por parte de seus vizinhos, Nikolai resolveu ir morar em meio às montanhas. Viveu lá durante um tempo até que resolveu tentar voltar para Tashkent, onde não foi aceito.

Algumas fontes dizem que ele tentou ir para clínicas da Rússia e até do Uzbequistão, até que conseguiu ser internado em um asilo no qual vive até hoje, outras fontes afirmam que ele vive com seus parentes na Europa Ocidental, porém as informações são incertas e não se sabe exatamente qual o paradeiro de Nikolai.

Nikolai Dzhumagaliev hoje é um homem livre e está autorizado a viajar livremente pela Europa.